Evite a poluição dos oceanos

Evite a poluição dos oceanos: Use Bioglitter

Ana Laura Seren | @alauraseren

26 FEV 2019 - 15H20

Quando pensamos em Carnaval, logo vem a nossa mente “GLITTER”. Afinal, quem não gosta de estar brilhando nesta época do ano? Porém, logo nos lembramos do trabalho que teremos ao final da folia para limpar todo o brilhinho do corpo.

Mas você tem ideia do que acontece com o meio ambiente quando o glitter é descartado? Ou sabe ao menos do que esse pozinho é feito?

Pois bem, o glitter é feito de pequenas partículas de plástico, cujo material não é biodegradável, além de ser o maior poluente do oceano. Quando ele se escorre pelo ralo, estes microplásticos, por serem pequenos demais para serem filtradas no tratamento de esgoto, acabam caindo em mares e rios.

Eles entram para a cadeia alimentar ao serem ingeridos por plânctons, peixes e até humanos. De acordo com um estudo publicado em 2015, existem entre 15 e 51 trilhões de micropartículas nos mares que afetam a fauna marinha atualmente.

Embora não tenha sido proibido, o glitter também entrou na votação pública. Empresas no Brasil e no mundo começam a fabricar glitter biodegradável a partir de celulose e metalizada com uma camada de alumínio, como por exemplo a marca PURA BIOGLITTER .

Segundo a empreendedora carioca Frances Sansão, em entrevista ao HuffPost Brasil, nos Estados Unidos eles já utilizam o bioglitter nas industrias, feitos a base de celulose. Então, ela teve a idéia de começar a fazer o glitter biodegradável em casa, pois viu que não existia no Brasil. E o resultado foi super positivo.

Os preços do brilhinho sustentável da marca variam de R$10,00 a R$32,00. O alto custo comparado ao glitter tradicional se deve, de acordo com Sansão, à dificuldade de encontrar fornecedores de matéria-prima de qualidade. Em sua receita, a carioca utiliza uma pasta feita de algas marinhas e pó de rochas. E como o processo é artesanal, cada lote tem tons únicos.